Cobertura – Rio Game Show
A frase “Melhor sorte da próxima vez” é a que sintetiza melhor o Rio Game Show. Evento de games que aconteceu nesse domingo (21) no Clube Canto do Rio, em Niterói, no Rio de Janeiro. O evento, apesar de ser uma ótima iniciativa e conseguir um público muito além do esperado, pecou em diversos pontos. O resultado final foi bom, mas no fundo a gente sabe que poderia ter sido bem melhor.
O evento começou com uma hora de atraso. Aguentar o sol quente bem acima de nossas cabeças foi um verdadeiro teste de resistência. Depois da fila imensa os visitantes puderam se espalhar pelo ginásio do clube e conferir os estandes e os jogos que estavam disponíveis.
E por falar nos jogos, esses eram poucos. A maior parte do que estava presente era para uso dos campeonatos. Winning Eleven, Rock Band, Guitar Hero, esses foram usados somente pelo pessoal dos torneios. Isso sem falar no Street Fighter 4. Que tinha somente um telão disponível e que ficou apenas no sonho de quem quisesse jogar. Esse também foi exclusivo para o torneio.
Enfim, quem não estivesse cadastrado nos campeonatos tinha poucas opções. De um lado vários Arcades estavam a disposição mas nenhum jogo que realmente valesse a espera na fila. Do outro estavam alguns consoles antigos, para quem quisesse matar a saudade de jogos como Pong, Enduro, Sonic, International Super Star Soccer Deluxe entre outros.
No estande da Microsoft você podia jogar PGA, Geometry Wars ou alguma outra demo que eles possuisem no console. Nada muito excitante. A Microsoft podia ter preparado algumas atrações a mais.
O Nintendo Wii passou despercebido. Ficou deslocado em um canto do ginásio onde se podia participar do “Desafio Wii Fit”. E era só isso para o console da Nintendo.
A exposição “A História dos Video Games” não foi lá muito boa e deixou muito a desejar. Depois de toda a propaganda, o que tínhamos em mente era um corredor glorioso, onde os consoles fossem expostos e em certos momentos se pudesse ler algumas informações sobre eles. Bem, nada disso aconteceu. Na verdade a exposição consistia apenas nos consoles antigos, todos espalhados em cima de uma mesa, ao lado de algumas caixas contendo seus cartuchos. E era só isso. Sem corredor glorioso, sem maiores informações. O que era forte candidato para ser a maior atração do evento acabou não cumprindo com toda a expectativa gerada.
As palestras e a mesa redonda merecem comentários. Aqui a coisa toda foi mal planejada. A atração foi feita na arquibancada, bem atrás do Rock Band (Diz que foi sem querer…). O resultado foi inaudível. A barulheira era infernal e apenas quem estivesse sentado na primeira fileira podia ouvir alguma coisa – isso com um esforço tremendo, claro. Uma pena, com certeza, já que palestras interessantes estavam programadas e a mesa redonda era uma boa oportunidade de trocar idéias sobre essa indústria que tanto amamos. Uma sala reservada para esse fim é tópico mais que obrigatório.
Os Cosplays foram bem poucos. Quem estivesse esperando ver pessoas fantasiadas por toda parte acabou se decepcionando.
O destaque maior fica pelo espaço reservado as iniciativas nacionais. Capoeira Legends estava presente e era possível jogá-lo em alguns computadores. Além, é claro, do pessoal da Magus Ludens, a empresa carioca de desenvolvimento de games. A equipe estava lá. Todos muito simpáticos, prontos para responder suas perguntas e mostrar o material que trouxeram.
No estande da Magus estava o Hive. O jogo vencedor da 3ª XNA Challenge Brasil. O game é uma estratégia em tempo real bem aos moldes de Sim City, no qual você opera um super computador (H.I.V.E.) e deve administrar sabiamente equipes de ajuda humanitária em locais com pouca infra-estrutura, saúde, segurança e educação.
Além do Hive eles também apresentaram um vídeo do seu novo projeto, The Guest. O jogo, produzido para PC e que tem previsão de lançamento para 2010, consiste em controlar uma ave pelos céus e terá um foco bastante voltado para o lado artístico. A idéia aqui será evocar emoções do jogador enquanto explora o cenário. E equipe faz questão de não revelar mais detalhes e promete que a espera irá valer a pena.
Faltou somente o Zeebo pra fechar o apoio as iniciativas nacionais. Uma vez que o Rio de Janeiro é a cidade piloto do console a presença do Zeebo era indispensável.
Apesar disso tudo o evento atraiu bastante gente. Em certo momento o espaço estava tão lotado que ficou impossível andar lá dentro. Depois de algumas horas o pessoal já tinha ido embora e ficou mais fácil perambular pelos estandes e jogar alguns games.
A ausência de um Wi-Fi foi bastante comentada. Quem esperava fazer uma cobertura ao vivo acabou frustrado.
Em um evento que reuniu diversos veículos de comunicação, indo desde blogs até revistas e televisão (A Record e ESPN Brasil estiveram por lá), a ausência de uma sala de imprensa foi fatal. Não havia nenhum lugar onde os jornalistas pudessem realizar entrevistas ou onde os representantes das empresas tivessem a oportunidade de conversar para tratar de possíveis negócios. Tudo tinha que ser feito alí mesmo, no meio de todo aquele barulho e pessoas andando por toda a parte.
A iniciativa foi boa e merece crédito, mas o evento, da maneira como foi realizado, deixou furos e ficou claro que houveram falhas no planejamento. Tomara que na próxima eles acertem em cheio. Afinal, estamos precisando de mais eventos de games por aqui, não acha?
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Ah! Não deixe de conferir a cobertura do evento escrita pelo Lucas, do Nerd Frenzy. Eu recomendo. O humor do cara é incrível.
Que dia longo hein? Até que deu pra se divertir bastante. Daqui a pouco eu posto a minha parte da matéria, mas como já conversamos anteriormente concordamos na maioria dos tópicos.
Ah, o dragão de montaria mandou um abraço.
Grande matéria, Léo!
Concordo prescisamos de mais eventos de games aqui no Brasil. Realmente é uma pena que algo que podia ser um grande começo virou uma decepção, mas ainda assim valeu a intenção.
PS:”O game é uma estratégia em tempo real bem aos moldes de Sim City”
Sem ser chato…Sim City não é um game de estratégia, tá mais pra um simulador.
[…] Ah, não se esqueçam de ver também o review do Leo no Deu Tilt. […]
apesar dos probleminhas como vc disse, eu gostei bastante do evento. e mesmo ralando muito nesse dia consegui jogar vários games. o barulho excessivo realmente atrapalhou as palestras, mas deve-se dar o credito para os caras q fizeram o evento sem quase nenhum apoio. o primeiro evento é sempre mais dificil, vamos ver o proximo agora! bjos
Caramba uma feira destas e nao foram capaz de por a porcaria do zeebo so pra encher linguica. É inacreditavel essa tectoy, azar de quem deu credito a eles nao conseguirao honrar os compromissos que ja era dificil se fizessem a coisa direito, com uma mancada pesada atras da outra a unica coisa a dizer é JÁ ERA.
@Vivi Werneck,
Vivi, realmente, o crédito merece ser dado. Mas é como você disse, primeiro evento é difícil mesmo. Tomara que os caras leiam as coberturas que estão rolando pela web e não cometam mais os mesmos erros.
Apesar de tudo valeu a pena e espero que a iniciativa continue.
@emerson,
Fica difícil realmente. Até agora ainda não consegui jogar o Zeebo e esperava ter uma chance na Rio Game Show. Mas também não digo que a coisa “Já era”. O console mal foi lançado e no começo é assim mesmo. Acredito que eles ainda podem melhorar, mas “vingar” mesmo eu acho que só o Zeebo 2, caso o projeto siga em frente.
Abraços.
Valeu pela cobertura e atenção. Nos vemos na próxima 😀
@Leo
Ah proposito, obrigada pelo biscoito! salvou o dia! (ao menos o meu estômago! rss)
@Vivi Werneck,
De nada! Pode ficar tranquila que no próximo evento levo uma mochila cheia deles. Prometo! =]
Pior evento que já fui. Minha postagem sobre ele: http://dabusca.blogspot.com/2009/06/rio-game-show…
Boa Tarde LÉO
Maravilhosa reportagem…estas cada vêz melhor.
Abração…..
Péssimo evento. Quem é competente, acerta de primeira. independente o evento ou não. Nem os eventos de anime erram tanto quanto esse cara errou.