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Leonardo Luz, 18 anos, carioca. Jogador de Super Smash Bros Brawl há um ano. Mostrou uma excelente atuação durante o torneio, e, nas palavras de quem já o acompanha há tempos, “melhorou muito sua performance”. O camarada ficou em primeiro lugar no Smash in Arena 4. Após a entrega dos prêmios conversou com o Deu Tilt sobre o campeonato, Smash Bros e um pouco sobre o mercado brasileiro de games.

Acha que podem ocorrer mudanças no cenário brasileiro de games em virtude desses campeonatos?
Opa! Em primeiro lugar boa noite. É um imenso prazer e uma honra ser entrevistado e agradeço a oportunidade.

Indo às perguntas… Sim. Um campeonato de nível estadual como o Smash in Arena é sem dúvida um evento que chama a atenção dos amantes de games. E não só de Smash, pois o Smash in Arena, assim como o Naruto in Arena se torna um exemplo de como organizar um torneio e mostra que é possível criar um evento de games a nível estadual, tornando possível a organização de outros torneios grandes e uma mudança na mentalidade dos gamers brasileiros.

O que você acha que falta no cenário do Smash competitivo aqui no Brasil?
Profissionalismo. Com certeza profissionalismo. O pessoal não leva a sério o jogo. Pedem torneios com prêmios bons, mas não querem pagar muito caro pela entrada, sendo que gastam o mesmo ou mais com um lanchinho no “Merd Donalds”. Ficam falando horrores sobre seriedade e etc., mas muitas vezes são desorganizados ou furam com o plano programado, e acabam muitas vezes preferindo a jogatina do bairro com um churrasquinho maroto do que um torneio aonde você pode gastar entre 10 a 20 reais e conseguir uma colocação oficial e prêmios de qualidade. Mas fazer o quê? Brasil…
E aproveito aqui para dizer que eu admiro muito o trabalho da Games Festival!

Sendo otimista você diria que podemos ter mais jogadores brasileiros disputando no exterior?
Olha… Eu diria que uma quantidade grande seria muito otimismo esperar, pois não acho que mais de 1% dos players queiram tornar isso uma profissão (até por que isso seria impossível no Brasil). Mas eu tenho como um objetivo disputar no exterior sim. Pode ser presunção da minha parte, principalmente porque existem players muito melhores do que eu no Brasil atualmente, *cof… Dju… cof… cof*, mas eu pretendo algum dia enfrentar e ganhar do M2K. No Brawl tá gente? No Melee nem rola (risos).

Sobre o Smash in Arena 4, o que achou do nível dos competidores?
Quase tive um ataque cardíaco jogando contra eles! Sério, gente, isso faz mal para o coração hein! (risos)
O que posso dizer? Esteve faltando algumas pessoas, mas excluindo-as, só estavam os melhores.

Analisando o atual cenário brasileiro de games como você acha que estamos? Evoluímos, regredimos ou continuamos na mesma?
Olha, eu não sei direito como era antes, pois apesar de eu ter jogado vídeogames a minha vida inteira, nunca cheguei ao cenário competitivo. Até porque eu não sabia onde aconteciam os campeonatos e tudo mais. Mas refletindo de uns tempos pra cá, eu vejo que tem acontecido diversos campeonatos, de níveis variados e em locais distintos e por várias vezes mesclando ambos. Essa é uma pergunta difícil para mim, e acredito que muitas outras pessoas teriam mais capacidade de respondê-la, mas a meu ver estamos evoluindo e espero que continuemos assim.

Leonardo Marinho é apaixonado por games, viciado em tecnologia e apreciador de todas as formas de entretenimento. Quando possível ele tenta ser gamer, manter o Deu Tilt atualizado e levar uma vida normal. Sua consciência ainda não foi afetada pelas intempéries do tempo e ele aproveita essa façanha para redigir textos coerentes para o Deu Tilt. Ele faz o que pode…

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