Olá a todos. Meu nome é Roberto Guedes, tenho 20 anos e trabalho na Give me Five como Game Designer. Alguns podem me conhecer pelo meu trabalho anterior em blogs e outros pelos jogos “Dilma Adventure” e “Jogo Justo na Ilha dos Impostos”. Estou aqui exatamente para falar sobre o lado desenvolvedor e sobre o mercado brasileiro que está começando a se formalizar. Minha coluna será quinzenal, e espero que gostem bastante dela. Sem mais delongas, aqui vamos nós.

Há exatamente um ano, o mercado brasileiro não existia. E o mesmo acontecia nos anos anteriores. Tudo bem, existiam títulos localizados, muitos importados por distribuidoras, e até alguns estúdios instalados aqui, mas nada realmente ativo acontecia. Nessa mesma época, descobri a campanha “Jogo Justo”, idealizada por Moacyr Alves Júnior, e que, como qualquer outra, eu apoiava.

Mas algo diferente começou a acontecer: a campanha não ficou só na promessa e eu começava a ver ações fortes. Em Outubro, ao lançar o “Dilma Adventure”, já sabia que a equipe do “Jogo Justo” seria responsável por começar a formalizar o mercado. Por isso, mandei o jogo para feedback, e aí começou a se formular a ideia do “Jogo Justo na Ilha dos Impostos”.

Desde então, algo mudou. No dia 29 de Janeiro, no primeiro “Dia do Jogo Justo”, o título foi lançado, assim como a AciGames (Associação Comercial, Cultural e Industrial de Games). Era o que faltava para formalizar o mercado. Muitos olham tudo isso como uma série de promoções para preços mais baixos. Outros acreditam que esse é o único propósito do “Jogo Justo”. Ambos os lados estão enganados. O principal fator é criar o mercado brasileiro.

Eu, como desenvolvedor, preciso disso, e qualquer outro que trabalhe na indústria ou esteja relacionado de alguma forma (até você, jogador). É excelente a redução de impostos para jogos produzidos internacionalmente, mas é importante criar um mercado aqui. Muitos não acreditam no potencial da criatividade brasileira, mas cito o filme “Tropa de Elite 2”, na minha opinião digno de vencedor de Oscar, como um exemplo. Por que não podemos fazer o mesmo com games?

Nas próximas colunas, pretendo abordar muitos desses tópicos de forma um pouco mais detalhada, mas por enquanto, deixo para vocês pensarem no que escrevi acima. E, por favor, nos suportem. Queremos evoluir junto com vocês.

Game Designer da Give me Five