Há algumas semanas chegou aqui em casa o box Metal Gear Solid: The Essential Collection. Para os mais desavisados, esse é um box especial lançado pela Konami que contém os três primeiros jogos da série Metal Gear Solid, lançados para PSOne e Playstation 2.

A idéia é presentear os colecionadores e fãs da série e dar uma última chance aos que cometeram o pecado de ainda não conhecer uma das maiores obras primas já criadas.

A aparência é essencial
Os três jogos vem, cada um, em uma edição especial, onde as imagens da capa e dos discos são diferentes daquelas lançadas anteriormente. O traço inconfundível da série continua o mesmo, mas apesar disso deixa um pouco a desejar quando falamos do tratamento dado aos discos. Aqui não há nada de mais, o fundo é preto com o nome do jogo em branco. Bem que podiam ter caprichado um pouco mais.

Quanto as capas, os desenhos são simples, porém cumprem o papel de arrancar elogios até dos mais exigentes. Destaque para o emblema da Kojima Productions, presente na parte de trás. Quem conhece sabe que funciona como um selo de qualidade.

Tudo isso vem dentro de uma caixinha de papelão reforçado, bem discreta, e que pode ser perfeitamente guardada na estante do seu quarto.

Sem modificar a essência
Os jogos em sí são os mesmos lançados anos atrás, sem nenhuma modificação. Metal Gear Solid (PSX) não recebeu melhorias, seus gráficos continuam como antes (o que não é nenhum problema) e o jogo continua sendo dividido em dois CDs. O ponto negativo foi que não alteraram nem mesmo o esquema de saves. Para salvar o jogo você continua precisando usar um Memory Card de Playstation One. O que pode dar um pouco de dor de cabeça, já que esses acessórios não são mais produzidos há anos.

O Metal Gear Solid 2 presente nessa coleção é a versão especial, Substance. Aquela lançada algum tempo depois de Sons of Liberty e que contem alguns extras, como o Snake Tales, onde é possível realizar algumas missões com Snake, contando o que ele fazia na Big Shell antes dos acontecimentos do jogo. O divertidíssimo modo Skate, e mais de 500 missões de treino no VR Missions. Faltou apenas o DVD The Document of Metal Gear Solid 2, que literalmente “abre” o jogo de todos os modos possíveis, concedendo acesso a diversos aspectos do desenvolvimento do título. Inicialmente projetado para ser uma ferramenta educacional para programadores, The Document of Metal Gear Solid 2 faz falta, mas sua ausência não estraga o pacote.

Como não poderia deixar de ser, a versão Subsistence de Metal Gear Solid 3 também nos presenteia com o ar de sua graça. Melhorias, como a câmera em terceira pessoa, que veio para substituir a posição cretina que a câmera ocupava em Snake Eater, os seis níveis de dificuldade, as novas camuflagens e o Demo Theater, onde podemos assistir a todas as animações do jogo, são os destaques dessa versão. Aqui voltamos ao passado da série e a história de Big Boss é contada com maestria, fechando com chave de ouro a coletânea.

O pecado de Essential Collection
Apesar da excelente coletânea e do trabalho muito bem feito de Kojima e sua equipe, The Essential Collection erra feio pela ausência de Persistence, o segundo disco que acompanhava Metal Gear Solid 3: Subsistence na época de seu lançamento. Persistence contem os dois primeiros Metal Gear, lançados para MSX (Metal Gear e Metal Gear 2: Solid Snake). Além do Duel Mode, onde é possível enfrentar todos os chefes de MGS3 em uma verdadeira corrida contra o tempo.

Diferente de The Document of Metal Gear, Persistence faz falta. Kojima cometeu um pecado ao deixa-lo de fora desse pacote.

Considerações finais
Metal Gear Solid: The Essential Collection é uma adição em tanto a qualquer coleção. Compra obrigatória para os que ainda não conhecem a série ou aqueles que são fanáticos pela história de Solid Snake. Entretanto, se você já possui os jogos da série não há justificativa para a compra desta coletânea. Apesar da ausência do disco Persistence, o pacote não deixa a desejar e vale cada centavo gasto.

Leonardo Marinho é apaixonado por games, viciado em tecnologia e apreciador de todas as formas de entretenimento. Quando possível ele tenta ser gamer, manter o Deu Tilt atualizado e levar uma vida normal. Sua consciência ainda não foi afetada pelas intempéries do tempo e ele aproveita essa façanha para redigir textos coerentes para o Deu Tilt. Ele faz o que pode…

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