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Eu não tenho tido muito tempo livre ultimamente. Nos poucos momentos que me sobram a última coisa que eu quero é ficar em casa trancado numa sala jogando videogames. Eu passo o dia todo lidando com computadores, no estágio e depois na universidade, então quando posso eu prefiro sair, visitar pessoas que não vejo há tempos, ir ao cinema ou qualquer coisa que tire minha cara dessas benditas telas e dispositivos.

Sendo assim acabei deixando o status de gamer hardcore e me tornei o que hoje chamam de casual gamer. Ainda acho essa distinção ridícula, gamer é gamer e ponto final, uns jogam menos que os outros, só isso. Tornei-me seletivo ao extremo com os jogos que dedico meu precioso tempo. Estou priorizando qualidade antes de quantidade e inovação em primeiro lugar. Se for mais do mesmo com uma roupagem nova eu dispenso, não tenho tempo pra isso, já possuo mais de 30 jogos que comprei e nunca consegui jogar. Adicionar mais à essa lista definitivamente não é uma prioridade.

Nesse cenário o Android vem chamando minha atenção há algum tempo. Aos poucos a plataforma, lotada de apps e games toscos, está melhorando seu acervo e tornando-se uma bela opção para aqueles que querem jogos interessantes nos smartphones e tablets. Opção essa que até pouco tempo pertencia à Apple, que reinava soberana.

Semanalmente percorro a Play Store de olho nos lançamentos e nos títulos mais antigos que não havia notado antes. De todos os games que já instalei, desinstalei ou esqueci que tenho e nunca mais joguei, separei os 3 que todo usuário de Android deve prestar atenção. Alguns também estão disponíveis na App Store e até mesmo no Steam. Esses foram os que mereceram meu tempo, e valeram cada momento.

 

Superbrothers: Sword & Sworcery

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Isso é pixel art levado à sério. Sword & Sworcery é um adventure focado em exploração e com forte ênfase no estilo audio-visual. O game conta a história trágica de uma guerreira solitária conhecida apenas como “The Scythian”, que parte em uma jornada pelas montanhas eternas de Mingi Taw. A guerreira encontra um livro misterioso, o Megaton, e junto com ele desperta uma força maligna. O jogador guia Schythian enquanto busca entender mais sobre o livro e sua magia e encontrar uma maneira de aprisionar esse mal. A partir daí você clica, arrasta, interage, batalha e resolve quebra-cabeças enquanto fica babando pelo primor técnico do game.

A aventura é focada na interação do visual com a trilha sonora e em determinados momentos os belíssimos cenários se tornam palco de puzzles musicais, onde cada elemento presente age como uma nota musical complementando a música de fundo. Até as batalhas, bem rústicas e ao estilo “Mike Tyson’s Punch-Out”, são ritmadas e demandam bons ouvidos do jogador.

Superbrothers: Sword & Sworcery prende sua atenção pelos excelentes gráficos, a trilha sonora, que sempre tem o tom certo para o momento (jogue com fones de ouvido), e a história envolvente, que vai te deixar preso ao smartphone/tablet até o final.

O game é curto e custa bem pouco, mas vale cada centavo.

Google Play / iTunes Store / Steam

 

Machinarium

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Em Machinarium o jogador controla um robozinho simpático em busca de sua namorada, aprisionada por alguns encrenqueiros que infernizam a vida de todos da cidade. O game é um point-and-click bem tradicional, você progride pelos cenários coletando e combinando itens para serem utilizados na resolução de puzzles, ajudando os cidadãos da cidade e recebendo mais itens em troca que lhe permitam avançar.

Vale destacar a dificuldade. Se você for dos mais apressados e não tiver o costume de prestar bem atenção aos detalhes não vai conseguir resolver os quebra-cabeças de Machinarium. A solução as vezes não é tão óbvia e sempre está em pequenos detalhes, o que pode frustrar alguns por ficarem empacados logo no começo do jogo. Entretanto a aventura apresenta algumas facilidades, como um mini-game que, se concluído, exibe a solução do puzzle atual. Mas assim o jogo perde a graça, não acha?

Desnecessário dizer que o visual de Machinarium é incrível. Isso você percebe pelas imagens. Mas é importante destacar que o game fica melhor ainda na tela do seu gadget, quando você presencia os personagens interagindo e os elementos do cenário em movimento. Uma das coisas mais lindas que você vai ver enquanto joga no seu aparelho.

Google Play / iTunes Store / Steam

 

World of Goo

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Se Portal tem como slogan “Start thinking with portals” (Comece a pensar com portais), World of Goo teria “Start thinking with Goo”. A premissa é que os Goo são seres extremamente elásticos e compatíveis. Eles podem ser organizados para formar grandes e complexas estruturas para atender diversas funcionalidades. E essa é a sua tarefa neste jogo viciante, desafiador e estressante (ao menos quando você perde).

Sua função é levar a maior quantidade possível de Goo em direção ao aspirador, para que possam ser coletados. Para isso você organiza as criaturinhas fofas e inquietas montando a estrutura adequada para driblar as dificuldades do cenário atual. Em certo momento você deve atravessar um lago, tomando cuidado para que os Goo não caiam na água enquanto precisa ficar atento para que a estrutura que está montando não seja pesada demais e você presencie tudo despencar, jogando seu trabalho duro no lixo. E que tal um desafio ao estilo Torre de Babel, onde os Goo precisam formar uma torre imensa em direção ao céu? A física marca presença e você deve ficar atento aos aspectos de engenharia de tudo que constrói ou então nada vai ficar de pé.

O jogo é bem simples, e essa simplicidade o torna viciante. Você não vai sossegar enquanto não descobrir como completar os estágios, nem que isso dure horas e te custe inúmeras tentativas. Os gráficos são agradáveis e os Goo são um show a parte, soltando grunhidos sempre que tocados. Divertido, bonito e cativante, como os games devem ser.

World of Goo foi lançado há bastante tempo e já é bem conhecido. O jogo custa pouco e, pelo que ele vale, é uma bela pechincha.

Google Play / iTunes Store / Steam

 

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Foto 03: Xô, olho grande!

 

Essa postagem e a foto acima pertencem ao desafio Tente algo novo por 30 dias.

Leonardo Marinho é apaixonado por games, viciado em tecnologia e apreciador de todas as formas de entretenimento. Quando possível ele tenta ser gamer, manter o Deu Tilt atualizado e levar uma vida normal. Sua consciência ainda não foi afetada pelas intempéries do tempo e ele aproveita essa façanha para redigir textos coerentes para o Deu Tilt. Ele faz o que pode…

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