Guerra e paz: Obama e o Prêmio Nobel
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama recebeu nesta quinta feira (10) o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega. Em seu discurso, Obama defendeu o papel da guerra como instrumento para alcançar a paz.
“A guerra tem um papel a cumprir para a preservação da paz. Negociações por si só não podem, por exemplo, convencer a Al Qaeda a desistir das armas. A força é necessária e não há cinismo nisso, apenas o reconhecimento de nossa história”.
O prêmio recebido gerou polêmica. Há dez dias Obama autorizou o envio de mais 30 mil soldados para o Afeganistão, em uma decisão clara de levar a guerra até as últimas consequências. Aceitar a premiação foi um “ato cínico”, segundo Fidel Castro, o qual disse ter “a impressão de estar escutando (o ex-presidente dos EUA) George W. Bush”.
Entretanto, para Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, o prêmio é mais que merecido: “Respeito a decisão e o julgamento do Comitê Nobel. O comitê tomou uma decisão, que deve ser respeitada, e que apoio completamente.”
O próprio presidente reconhece o quão irônico foi sua premiação. “A notícia do prêmio foi uma surpresa para mim. Não tenho dúvidas de que há outras pessoas que o merecem mais” afirmou Obama.
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O chefe de uma nação que atualmente se encontra em duas guerras, uma no Iraque e outra no Afeganistão, acaba de receber o prêmio Nobel da Paz. Sensacional, não?
Mas vale destacar que em pouco tempo de governo já tomou medidas interessantes, como abrir mão do projeto, iniciado por Bush, para a instalação de um escudo antimísseis no Leste Europeu, reconciliou os EUA com Europa, Rússia e China. E, com relação a America Latina, afirmou que Washington não considera mais a região como seu “quintal dos fundos” e que planeja relações fraternais com a população.
Mas precisamos concordar que premia-lo com o Nobel da Paz foi bem prematuro.
Pelo menos o camarada reconhece que a escolha não foi das melhores.
E assim caminha a humanidade…
Cara, polêmico, no mínimo!
Mas acho que o que ele representou, no mundo e nos EUA, toda a “Obamania” e os seus discursos deram a ele um prêmio que normalmente é dado pelas atitudes, e não pelas palavras.
Sinceramente, não concordo com o Nobel para o Obama. Pelo menos não agora!
Ótimo texto, Leo!
Abraços!
Pra você ver como as coisas são. Estou vendo o pessoal do Nobel daqui a dois meses com a mão na cabeça se perguntando o que eles fizeram.
Na real? Esperado. Ele só entrou com um ar de messias e fez as mesmas cagadas. Que nem o Lula.
Léo o texto ficou muito bom. Rápido e objetivo, ao contrario do que foi lido em outros muitos sites de notícias. A respeito da premiação de Obama, não podemos deixar de reconhecer que foi uma boa escolha. Entretanto acho que foi precipitada. Com certeza a Academia marcaria um gol de placa ao premia-lo daqui a 1 ou 2 anos. Tanto que tiverem que se justificar várias e várias vezes sobre está escolha.
Abraços,
Leo Nogueira.
Acredito que ainda temos pouco tempo para formar opiniões concretas a respeito do Obama.
Sua vitória foi significativa, não há dúvidas. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Foi significativo pra cacete. Pensei que ele fosse ser parado a balas, como é de costume nos Estados Unidos (Lincoln, Kennedy, Garfield e McKinle).
Temos muitas promessas e pouca ação, pelo menos por enquanto. Por isso acho que a premiação foi prematura.
Concordo com você Leo. Contudo, muitas pessoas basearam suas considerações na hora da escolha usando o peso histórico de sua eleição como diferencial. O que em minha opinião, não é um bom critério de avaliação para um Nobel da Paz.
Prêmio Nobel do ano que vem pode até ficar comigo assim!