Já parou pra imaginar a quantidade de situações bizarras que você vivencia enquanto passa horas jogando aquele seu RPG favorito?

Fora os momentos épicos e de altruísmo puro há sempre espaço para alguns instantes cômicos. Mas o mundo dos RPGs também apresenta algumas situações inexplicáveis e que, de tanto acontecer, acabaram se tornando padrão e você já nem pensa mais sobre aquilo.

Um pouco de reflexão me levou a organizar essa lista com as 5 situações mais bizarras e inexplicáveis nos RPGs. Coisas que ninguém consegue explicar pra nós como é possível e que acabamos tomando como verdade absoluta.

Leia e reflita você também. Depois vença a preguiça e deixe sua opinião nos comentários.

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5. Os monstros mais ricos do mundo

É fácil conceber pessoas carregando suas carteiras recheadas de moedas de ouro. Afinal, sejam eles mercadores ou simples viajantes, todos precisam de moedas para pagar sua estadia em hotéis, comprar comida, provisões e até mesmo armas.

O que não é fácil de entender é por que raios os monstros também carregam moedas de ouro. Você consegue imaginar um vilarejo de trolls, por exemplo, em que o pequeno “filhote” pede algumas moedas para comprar um doce na tenda da esquina? E o pai, que anda sempre com os bolsos recheados de dinheiro, tira um pouco do seu montante e o entrega ao filho, feliz e serelepe?

Não bastasse o fato bizarro de ter todo e qualquer monstro carregando quantias consideráveis de dinheiro, seus heróis, aparentemente de boa índole e com uma ética irrepreensível, não passam de saqueadores baratos, que não perdem uma oportunidade sequer de roubar o que puderem dos cadáveres.

Sejam eles golems, trolls, dragões (por que dragões andariam com dinheiro?) ou até mesmo uma simpática geleiazinha azul, como o slime de Dragon Quest. Para seus heróis nada disso importa. O que eles querem é cometer assassinato e ainda festejar furtando os cadáveres. Azar o dos monstros. Quem mandou andar por ai carregando dinheiro?

4. O ataque dos clones

Ande por alguns minutos dentro de uma floresta e prepare-se para ser atacado por hordas de goblins, aranhas gigantes ou lacraias super desenvolvidas. Entre em um castelo mal assombrado e espere ver quantidades infinitas de morcegos, caveiras e zumbis.

No mundo dos RPGs não importa o quanto você mate (e depois furte), nenhum dos seus inimigos entrará em extinção (com exceção, claro, dos chefes).

Queime, congele ou fatie com sua espada. Não importa. É bem provável que na próxima batalha você enfrente as mesmas criaturas de novo e de novo. Pelo menos você não precisa se preocupar com nenhuma ONG fanática que busca preservar os goblins em extinção. Goblins são sempre uma praga… E eles nunca acabam, lembra?

3. Entre sem bater

Imagine um louco que diz estar salvando o mundo, usa roupas fora de moda, cabelo despenteado, está sempre armado e anda por aí com uma trupe de baderneiros, entrando em sua casa, vasculhando todo os cantos, abrindo seus baús e saqueando toda e qualquer coisa de valor que você e sua família possuem.

Pois é, nos RPGs isso é uma das coisas mais normais do mundo. E como se não bastasse ser tão indiferente a essa situação, os donos da casa ainda conversam gentilmente com seus heróis, contando fofocas e dando dicas que podem levar ao próximo passo de sua aventura.

E se o seu grupo de aventureiros não tiver bons modos e preferir não bater papo com os donos da propriedade tudo bem. Fique a vontade para entrar sem bater, revirar todos os cômodos, quebrar vasos e potes em busca de itens de valor e ir embora sem trocar uma palavra. Os moradores, possivelmente cheios de medo por conta da invasão, nada farão para lhe impedir e apenas irão lhe observar enquanto você entra e faz a pilhagem.

2. Morreu pra sempre

Se um personagem morre ao longo de sua aventura a magia “Revive” ou uma simples “Phoenix Down” é capaz de trazer de volta seu aliado como se nada tivesse acontecido. Sim, nos RPGs você engana a morte e pode ressuscitar diversas vezes aquele clérigo lesado que faz parte de seu grupo e que possui os piores status do jogo e não faz nada a não ser se esconder durante as lutas e usar magias de cura quando necessário.

Bem… Isso se o jogo não exigir a morte eterna de seu camarada.

Se durante o decorrer da história seu personagem estiver destinado a morrer, isso acontecerá e dessa vez não há nada que você possa fazer para traze-lo de volta. Ele derrotou monstros gigantes, sobreviveu a ferimentos amaldiçoados, foi envenenado incontáveis vezes e até mesmo escapou da morte certa ao cair de um precipício. Mas se o script do jogo exigir que em determinado momento seu herói seja morto por um ferimento singelo, causado até mesmo por uma faca. Então é assim, dessa maneira patética, que ele morrerá.

E não adianta exigir que seus clérigos façam vigílias noturnas, descarreguem seu MP conjurando magias ou gastar todo seu dinheiro comprando “Phoenix Down”. Desta vez seu personagem morreu para sempre e não há nada que você possa fazer.

1. A maldição das portas trancadas

Ao longo do jogo você derrotou monstros malignos que amaldiçoavam os quatro cantos do mundo, viajou pelos labirintos mais traiçoeiros e conquistou espadas lendárias e de poder imensurável e aprendeu magias que destroem cidades inteiras em poucos segundos. Mas nada disso importa e seus personagens jamais conseguirão avançar na aventura se no caminho encontrarem… Uma porta trancada.

Por que não cortar a porta ao meio com aquela espada lendária? Arromba-la usando a força bruta ou até mesmo transforma-la em poeira conjurando aquela magia suprema que você levou horas para aprender? Não. É covardia atacar uma porta indefesa.

Seus personagens se tornam verdadeiras máquinas de guerra, destruindo tudo e todos que se puserem no caminho deles rumo a salvação do mundo. Mas ainda assim eles serão sempre impedidos por uma porta trancada. E nessas horas se você não tiver a chave certa para abrir aquela porta suas máquinas de guerra serão a coisa mais inútil do mundo. Afinal, quem pode contra uma porta trancada?

Leonardo Marinho é apaixonado por games, viciado em tecnologia e apreciador de todas as formas de entretenimento. Quando possível ele tenta ser gamer, manter o Deu Tilt atualizado e levar uma vida normal. Sua consciência ainda não foi afetada pelas intempéries do tempo e ele aproveita essa façanha para redigir textos coerentes para o Deu Tilt. Ele faz o que pode…

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